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Salário versus Consumo: Oferta maior e poder de compra menor, o que fazer?

Foto do escritor: Ana Célia BohnAna Célia Bohn

Atualizado: 9 de ago. de 2020


Salário, palavra derivada do latim “salarium”, que significa “pagamento em sal”. Esta era a iguaria a qual, os soldados romanos recebiam em troca de seu trabalho. O sal lhes rendia sua subsistência. Para nós, no século XXI o salário é pago em moeda corrente e a partir dele provém nosso sustento. No século XIX na Austrália e Nova Zelândia, instituiu-se o salário mínimo e, a partir daí, serviu como prática para outros países. No Brasil, o salário mínimo foi adotado no final da década de 1930, conjuntamente à CLT – Consolidação das Leis do Trabalho e é reconhecido como: “a contraprestação pelos serviços prestados ao empregador”.



Haja vista esta prática, a primeira indagação é a seguinte: O salário mínimo instituído hoje em R$ 788,00 consegue dar conta do sustento de uma família? Bom, antes de respondê-la, vamos compreender alguns fatores. De acordo com o artigo 7º da Constituição da República Federativa do Brasil, em seu inciso IV, salário mínimo corresponde à:


“salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim”.

Não é preciso pensar muito para descobrir que este texto não corresponde à realidade de quem recebe um salário mínimo, porque, em tese, podemos considerar este inciso uma “norma de eficácia limitada”, ou seja, o governo concedeu o direito, mas não a garantia dos ganhos na proporção do dispêndio.


Famílias que recebem salário mínimo, principalmente em outras regiões do Brasil, até mesmo aqui no estado, constituem a classe de baixa renda que está enquadrada nos programas sociais do Governo Federal, como é o caso da bolsa família e outros programas assistencialistas, a fim de, suprir sua subsistência.


Felizmente Jaraguá do Sul e região paga um dos melhores salários do estado de Santa Catarina, de acordo com as convenções coletivas das categorias, já que, somos um Polo Industrial. Ou seja, o piso, na indústria, permeia a casa dos mil reais. Com este valor, uma família composta por três integrantes na ativa, consegue chegar a uma composição de renda em até três mil reais mensais. Desta forma, melhora o poder de compra.


Ainda que, sejamos privilegiados em termos de renda, precisamos nos regrar ao consumo, visto que, estamos em um período de recessão econômica no qual, algumas situações se estabelecem, como por exemplo: os Bancos praticam altas taxas de juros de financiamentos e empréstimos pessoais. Em contrapartida, o comércio, que não está com as vendas dentro do esperado, reduz os preços e faz liquidação, “queima de estoque”. Nesta situação toda, as pessoas têm a tendência de consumir mais, pois que, podem utilizar-se do cartão de crédito para efetuar compras, sendo este, o maior vilão da classe trabalhadora que percebe uma renda mensal entre dois a quatro mil reais mensais. As famílias endividam-se por conta do cartão e contraem empréstimos para quitá-lo.


A partir da colocação inicial sobre o déficit do salário mínimo é que se deve ter cautela quanto aos gastos já que, estamos com o poder de compra reduzido. A inflação está em um de seus maiores índices desde a implantação do Plano Real, em 1994. Ou seja, necessitamos adequar os dispêndios mensais à renda, optar por produtos substitutivos de menor valor. Adquirir novos hábitos e atitudes de consumo conscientes no lar.


Por fim, vale salientar que, no sistema em que estamos inseridos, a oferta para consumo é abundante (quase ilimitada), enquanto que, os ganhos, limitados. Então, a conta fica fácil: aprender a viver com o que se ganha a partir de hábitos conscientes de consumo.


Um forte abraço a todos os leitores!

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